Dólar fica estável e fecha a R$ 5,56, com negociações comerciais de Trump; Ibovespa recua

Secretário de Trump anuncia revogação do visto americano de Alexandre de Moraes e de 'seus aliados' O dólar fechou em leve alta de 0,04% nesta terça-feira (22), cotado a R$ 5,5669. O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 0,10%, aos 134.03...

22/07/2025 | Economia

 

Secretário de Trump anuncia revogação do visto americano de Alexandre de Moraes e de 'seus aliados'
O dólar fechou em leve alta de 0,04% nesta terça-feira (22), cotado a R$ 5,5669. O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 0,10%, aos 134.036 pontos.
Com poucos eventos na agenda, o mercado aguardou o andamento das negociações sobre tarifas conduzidas pelo governo de Donald Trump. Nesta tarde, os EUA anunciaram um acordo comercial com as Filipinas, que prevê uma tarifa de importação reduzida, de 19%, enquanto itens americanos não serão taxados.
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▶️ Quanto ao Brasil, não houve progresso nas negociações. O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a realizar uma bateria de reuniões com o setor produtivo, para discutir uma resposta à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump.
▶️ Também no Brasil, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram a liberação de R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025. O governo fez uma nova estimativa das receitas e despesas para este ano e considerou seguro liberar os recursos que estavam congelados desde maio.
▶️ Investidores também acompanharam o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), pela manhã. Por estar em período de silêncio antes da próxima decisão de juros, ele evitou comentários sobre os planos do BC.
▶️ Na bolsa, a grande notícia foi de que a Totvs fechou a aquisição da produtora de software Linx, controlada pela StoneCo, por R$ 3,05 bilhões. A operação será financiada com o próprio caixa da companhia e com instrumentos de dívida ainda a serem contratados.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,37%;
Acumulado do mês: +2,46%;
Acumulado do ano: -9,92%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: -0,58%;
Acumulado da semana: +0,49%;
Acumulado do mês: -3,47%;
Acumulado do ano: +11,43%.
Descongelou
Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta terça-feira (22) a liberação de R$ 20,6 bilhões no Orçamento de 2025.
Para definir a necessidade de bloqueio ou liberação de recursos, o governo atualizou as estimativas de receitas e despesas previstas para este ano.
A análise considerou ajustes no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), parcialmente confirmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além de diversas medidas — muitas delas implementadas por meio de medida provisória (MP) — como:
Aumento da alíquota sobre apostas (bets);
Tributação de fintechs (empresas de tecnologia em serviços financeiros);
Limitação das compensações tributárias;
Programa Pé-de-Meia no piso de investimentos em educação;
Receita adicional de R$ 17,9 bilhões com a exploração de recursos naturais, como o pré-sal.
Com a liberação anunciada, o bloqueio total no orçamento, que era de R$ 31,3 bilhões até maio, caiu para R$ 10,7 bilhões.
▶️ Para 2025, o governo projeta um déficit de R$ 74,9 bilhões nas contas públicas. No entanto, ao considerar o abatimento de precatórios (R$ 48,6 bilhões) e a margem de tolerância prevista no arcabouço fiscal (R$ 31 bilhões), a expectativa é de que a meta fiscal seja cumprida.
🔎 O detalhamento oficial sobre quais ministérios e políticas públicas serão beneficiados com a liberação de recursos será divulgado até o fim deste mês.
Negociações do tarifaço
Com a aproximação do prazo final de 1º de agosto, poucos países começam a chegar a acordos comerciais com os EUA. Nesta terça, Trump anunciou que fechou um acordo comercial com as Filipinas.
O presidente americano havia ameaçado impor uma tarifa de 20% a partir do dia 1º de agosto. Com o novo acordo, a taxa será reduzida para 19%, enquanto os EUA não pagarão tarifas.
"Além disso, trabalharemos juntos no âmbito militar. Foi uma grande honra estar com o Presidente. Ele é altamente respeitado em seu país, como deveria ser. Ele também é um negociador muito bom e rigoroso", disse Trump em publicação no Truth Social.
Fed ainda é assunto
Nesta terça-feira, Bessent voltou a falar sobre o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O secretário do Tesouro norte-americano afirmou que não há necessidade de o banqueiro central deixar o cargo imediatamente, acrescentando que o legado do chefe do Fed deve ser o de dimensionar corretamente as funções de política não-monetária do banco central.
Os comentários de Bessent em uma entrevista à "Fox Business Network" foram feitos um dia depois que ele pediu ao banco central dos EUA que realizasse uma revisão exaustiva das áreas de operações não relacionadas à política monetária.
Na véspera, Bessent afirmou que o Fed precisa ser examinado como instituição e avaliado quanto à sua eficácia, criticando o que chamou de “alarmismo sobre tarifas” por parte do Fed e observando que, até o momento, houve pouco ou nenhum impacto inflacionário.
Notas de real e dólar
Amanda Perobelli/ Reuters