Dólar recua e fecha a R$ 5,76, com dados mais fracos da economia dos EUA; Ibovespa sobe
A moeda norte-americana caiu 0,52%, cotada a R$ 5,7638. Já o principal Ãndice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,55%, aos 126.225 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar não sustentou a alta vista n...
06/02/2025 | Economia


A moeda norte-americana caiu 0,52%, cotada a R$ 5,7638. Já o principal Ãndice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,55%, aos 126.225 pontos. Cédulas de dólar
bearfotos/Freepik
O dólar não sustentou a alta vista na primeira metade do pregão e fechou em queda nesta quinta-feira (6), a R$ 5,76. Segundo operadores, a moeda americana perdeu força ao longo do dia, com dados mais fracos da atividade econômica dos Estados Unidos.
Os pedidos semanais de auxÃlio-desemprego nos EUA subiram em 11 mil na última semana, totalizando 219 mil solicitações. O resultado mostra uma desaceleração gradual do mercado de trabalho e deve ser considerado pelo Federal Reserve (Fed) para a próxima decisão de juros.
Investidores esperam agora pelos números do payroll, principal relatório de emprego dos EUA, e monitoram as falas do presidente dos EUA, Donald Trump. Enquanto isso, o cenário mais ameno deu destaque à s moedas de paÃses emergentes.
Também beneficiado, o Ibovespa, principal Ãndice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou o dia em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,7638, renovando o menor patamar desde novembro do ano passado. Na mÃnima do dia, chegou a R$ 5,7488. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,26% na semana e no mês;
recuo de 6,73% no ano.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,40%, cotada a R$ 5,7940.
a
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,55%, aos 126.225 pontos.
Com o resultado, acumulou:
avanço de 0,07% na semana e no mês;
ganho de 4,94% no ano.
Na véspera, o Ãndice teve alta de 0,31%, aos 125.534 pontos.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques no noticiário desta quinta-feira (6), os investidores focaram na divulgação de novos dados econômicos dos EUA e nos fluxos de investimentos nos mercados globais, com as moedas de paÃses emergentes ganhando força.
Entre os indicadores, informações do Departamento do Trabalho dos EUA divulgadas hoje mostraram que os pedidos semanais de auxÃlio-desemprego subiram em 11 mil na última semana, totalizando 219 mil solicitações.
O resultado é consistente com a desaceleração gradual das condições do mercado de trabalho norte-americano e deve ser considerado pelo Federal Reserve (Fed) para determinar os próximos passos dos juros. A principal expectativa, no entanto, é pelo relatório de emprego (payroll) que será divulgado amanhã.
Além disso, as recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a repercutir no mercado. Na véspera, o republicano afirmou que o paÃs assumirá o controle da Faixa de Gaza, sugerindo que os palestinos da região deveriam ser realocados.
As declarações, feitas ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, geraram fortes crÃticas da comunidade internacional e forçaram a Casa Branca a se posicionar.
Em entrevista a jornalistas, a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente não se comprometeu a enviar tropas para a Faixa de Gaza, destacando que a realocação seria "temporária".
Ela também disse que os EUA precisam se envolver na reconstrução de Gaza "para garantir a estabilidade na região", mas que "não vão pagar" por ela.
As falas reavivaram os temores de uma guerra generalizada no Oriente Médio, o que, além da catástrofe humanitária, poderia gerar problemas econômicos, dada a importância da região na produção e distribuição de petróleo.
Ainda nos EUA, também pesa no mercado a preocupação sobre uma possÃvel guerra comercial entre o paÃs e a China, após o gigante asiático responder à imposição de tarifas por parte de Trump na véspera.