Tarifaço: ‘Executivo não tem nenhuma interferência no Judiciário’, diz Alckmin após reunião sobre big techs com secretário dos EUA
Alckmin recebe reivindicações de big techs americanas O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (28) que o Executivo brasileiro não interfere no Judiciário e que se...
29/07/2025 | Economia

Alckmin recebe reivindicações de big techs americanas
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (28) que o Executivo brasileiro não interfere no Judiciário e que segue disposto a negociar com os Estados Unidos para evitar a aplicação das novas tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump.
Alckmin recebeu representantes de big techs, também citadas por Trump no documento em que anunciou o tarifaço. Segundo o vice-presidente, essa foi a segunda reunião com as empresas de tecnologia.
Na carta, Trump atacou o STF, por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. E também reclamou das ações do Judiciário brasileiro que buscaram conformar as big techs (plataformas de redes sociais) à legislação brasileira.
"Recebemos as big techs, as empresas de tecnologia. Nós já tínhamos tido um encontro com as empresas de tecnologia e eles ficaram de fazer uma pauta. E hoje nós tivemos, então, uma segunda reunião. Vejam que naquele documento que o presidente Trump publicou nas redes sociais, ele se referia a três coisas: o julgamento do ex-presidente, as big techs e a questão tarifária, que teriam défict com o Brasil".
Na segunda-feira (28), o vice-presidente teve uma nova conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Durante a conversa, Alckmin reforçou a disposição do Brasil em negociar.
"A primeira questão da Suprema Corte, o Executivo não tem influência nenhuma no Judiciário, que é um outro poder. A separação dos poderes é pedra basilar do Estado de Direito. A segunda, eu disse ao secretário do Comércio que estaríamos à inteira disposição para conversar”, afirmou Alckmin.
Ao ser questionado sobre a fala do secretário de Comércio dos Estados Unidos, que levantou a possibilidade de alguns produtos não cultivados no país, como o café, terem a tarifa zerada, o vice-presidente afirmou que o governo brasileiro está trabalhando para que está trabalhando para que a diminuição da tarifa seja para todas as áreas.
"Nós estamos trabalhando para que a diminuição da alíquota seja para todos. Todos. Não tem justificativa você ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador de você".
Segundo o vice-presidente, durante a reunião as empresas levantaram alguns temas que são mais importantes para eles, entre elas: segurança jurídica, inovação tecnológica, ambiente regulatório e oportunidade econômica. Participaram da reunião representantes do Google, Apple, Meta, Visa, Amazon e Expedia. Um representante da secretária do Comério dos EUA também participou da reunião de forma remota.
"Sobre essa questão de regulamentação de big techs, de redes sociais, é uma questão que está em discussão no mundo. Então, vamos aprender. Onde é que já foi implementado? Nós não devemos ter muita pressa nisso. Eu acho que a gente deve verificar a legislação comparada e ouvir e dialogar", disse Alckmin.
Plano de contingência
O vice-presidente também comentou sobre o plano de contingência, que foi apresentado nesta segunda (28) ao presidente Lula. Segundo Alckmin, o plano só será discutido caso as tarifas entrem em vigor.
"O plano de contingência que está sendo bem trabalhado, ele só deve ser discutido se consumado a questão dos 50%. Nós não vamos esmorecer, vamos trabalhar permanentemente para evitar que isso ocorra".
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a equipe econômica já está elaborando um plano de contingência para apoiar os setores que forem impactados pelo tarifaço — com ameaça de uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras a partir de agosto.
O governo brasileiro espera que as tarifas não sejam aplicadas de forma unilateral e tem reiterado que continuará na mesa de negociações até o último momento. A medida americana está prevista para começar a valer em 1º de agosto.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (28) que o Executivo brasileiro não interfere no Judiciário e que segue disposto a negociar com os Estados Unidos para evitar a aplicação das novas tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump.
Alckmin recebeu representantes de big techs, também citadas por Trump no documento em que anunciou o tarifaço. Segundo o vice-presidente, essa foi a segunda reunião com as empresas de tecnologia.
Na carta, Trump atacou o STF, por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. E também reclamou das ações do Judiciário brasileiro que buscaram conformar as big techs (plataformas de redes sociais) à legislação brasileira.
"Recebemos as big techs, as empresas de tecnologia. Nós já tínhamos tido um encontro com as empresas de tecnologia e eles ficaram de fazer uma pauta. E hoje nós tivemos, então, uma segunda reunião. Vejam que naquele documento que o presidente Trump publicou nas redes sociais, ele se referia a três coisas: o julgamento do ex-presidente, as big techs e a questão tarifária, que teriam défict com o Brasil".
Na segunda-feira (28), o vice-presidente teve uma nova conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Durante a conversa, Alckmin reforçou a disposição do Brasil em negociar.
"A primeira questão da Suprema Corte, o Executivo não tem influência nenhuma no Judiciário, que é um outro poder. A separação dos poderes é pedra basilar do Estado de Direito. A segunda, eu disse ao secretário do Comércio que estaríamos à inteira disposição para conversar”, afirmou Alckmin.
Ao ser questionado sobre a fala do secretário de Comércio dos Estados Unidos, que levantou a possibilidade de alguns produtos não cultivados no país, como o café, terem a tarifa zerada, o vice-presidente afirmou que o governo brasileiro está trabalhando para que está trabalhando para que a diminuição da tarifa seja para todas as áreas.
"Nós estamos trabalhando para que a diminuição da alíquota seja para todos. Todos. Não tem justificativa você ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador de você".
Segundo o vice-presidente, durante a reunião as empresas levantaram alguns temas que são mais importantes para eles, entre elas: segurança jurídica, inovação tecnológica, ambiente regulatório e oportunidade econômica. Participaram da reunião representantes do Google, Apple, Meta, Visa, Amazon e Expedia. Um representante da secretária do Comério dos EUA também participou da reunião de forma remota.
"Sobre essa questão de regulamentação de big techs, de redes sociais, é uma questão que está em discussão no mundo. Então, vamos aprender. Onde é que já foi implementado? Nós não devemos ter muita pressa nisso. Eu acho que a gente deve verificar a legislação comparada e ouvir e dialogar", disse Alckmin.
Plano de contingência
O vice-presidente também comentou sobre o plano de contingência, que foi apresentado nesta segunda (28) ao presidente Lula. Segundo Alckmin, o plano só será discutido caso as tarifas entrem em vigor.
"O plano de contingência que está sendo bem trabalhado, ele só deve ser discutido se consumado a questão dos 50%. Nós não vamos esmorecer, vamos trabalhar permanentemente para evitar que isso ocorra".
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a equipe econômica já está elaborando um plano de contingência para apoiar os setores que forem impactados pelo tarifaço — com ameaça de uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras a partir de agosto.
O governo brasileiro espera que as tarifas não sejam aplicadas de forma unilateral e tem reiterado que continuará na mesa de negociações até o último momento. A medida americana está prevista para começar a valer em 1º de agosto.