Trump promete tarifas a itens agrÃcolas importados e pede que produtores americanos se preparem
Presidente americano não detalhou qual será a alÃquota estabelecida, mas disse que a polÃtica de taxação começa no dia 2 de abril. O presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa em 27 de fevereiro de 2025 REUTERS/Kevin ...
03/03/2025 | Economia


Presidente americano não detalhou qual será a alÃquota estabelecida, mas disse que a polÃtica de taxação começa no dia 2 de abril. O presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa em 27 de fevereiro de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira (3) aplicar tarifas de importação a produtos agrÃcolas a partir de 2 de abril.
Trump pediu aos agricultores americanos que se prepararem para vender seus produtos no mercado interno, suprindo uma possÃvel queda de oferta de importados.
"Para os grandes fazendeiros dos Estados Unidos: preparem-se para começar a fabricar uma grande quantidade de produtos agrÃcolas para serem vendidos DENTRO dos Estados Unidos. As tarifas serão aplicadas ao produto externo em 2 de abril. Divirtam-se!", disse o presidente Trump nas redes sociais.
Na mesma data, os EUA iniciam a cobrança de tarifas recÃprocas a paÃses que cobram taxas de importação de produtos americanos. Nesse caso, não há uma tarifa especÃfica, mas uma orientação geral de reciprocidade aos paÃses que impõem dificuldades ao comércio com os EUA.
A ideia é "corrigir desequilÃbrios de longa data no comércio internacional e garantir justiça em todos os aspectos", segundo um memorando da Casa Branca. Entre os exemplos para a polÃtica de tarifas recÃprocas, o governo dos EUA citou o etanol brasileiro.
Desde a campanha, o presidente tem indicado que quer favorecer e dar prioridade à atividade doméstica dos EUA, limitando a concorrência estrangeira. Mirou produtos — como aço, alumÃnio, veÃculos, entre outros — e paÃses.
Logo no inÃcio do mandato, o presidente americano anunciou tarifas sobre produtos importados de Canadá e México. Chegou a suspendê-las por 30 dias, mas reafirmou que as taxas de 25% entram em vigor nesta terça-feira (4).
"Amanhã — tarifas de 25% sobre o Canadá e 25% sobre o México. Vai começar", disse Trump nesta segunda (3).
Trump também elevou duas vezes as tarifas da China, e anunciou que pretende fazer o mesmo com a União Europeia, com taxas que devem ser de 25%.
Europeus reagem a ataque de Trump e anúncio de tarifas de 25%
Tarifaço de Trump
A imposição de tarifas pelos EUA está alinhada com as promessas do presidente Donald Trump de taxar seus principais parceiros comerciais. São paÃses e produtos que os EUA têm déficit na balança comercial, ou seja, gastam mais com importações do que recebem com exportações.
Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil.
Medidas como o aumento de tarifas de importação e a polÃtica anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do paÃs.
Esses fatores indicam que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados no paÃs no paÃs.
O cenário afeta o Brasil porque juros mais altos nos EUA fazem os tÃtulos públicos norte-americanos renderem mais. Isso atrai investidores, que levam recursos para os EUA, valorizando o dólar frente a outras moedas. Esse conjunto de eventos altera o fluxo de investimentos no mundo todo.
A fuga de capital pode levar o Banco Central (BC) a elevar a taxa Selic no Brasil, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil pode ser afetado por uma desaceleração da economia chinesa caso Trump confirme taxações elevadas contra os asiático
Outro reflexo para o Brasil é o possÃvel aumento de oferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do paÃs, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.